Segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (08/03), em uma das revistas científicas mais renomadas – New England Journal of Medicine – destacou que, o imunizante contra a covid-19 desenvolvido pela Pfizer e em parceria com a BioNTech, foi capaz de neutralizar 3 variantes do novo coronavírus, sendo elas; a Britânica (B.1.1.7), a Brasileira (P.1) e a Sul-Africana (B.1.351).
Para que fosse possível realizar o estudo e comprovar a eficácia do imunizante nas novas variantes, os especialistas da Universidade do Texas, além da própria equipe de desenvolvimento e pesquisa da Pfizer, utilizaram uma versão isolada do vírus, contendo as mesmas características das variantes para realizar o teste.
Com isso, os pesquisadores produziram três vírus recombinantes de acordo com as mutações das três variantes, além de mais duas versões com as outras mutações genéticas da variante da África do Sul.
No caso das duas variantes testadas, a do Brasil (P.1) e a do Reino Unido (B.1.1.7), o estudo apontou uma resposta “robusta” ao imunizante da Pfizer. Já a variante Sul-Africana (B.1.351), apresentou uma capacidade de neutralização menor, porém ainda sim eficiente.
Os resultados da vacina da Pfizer já tinham sido apresentados anteriormente, tendo uma percentagem de eficácia de 95% contra a Sars Cov-2 (Covid-19).
Mutações analisadas nos testes
- Um vírus testado continha a mutação que ocorreu na proteína spike, usada como porta de entrada do coronavírus nas células humanas, na variante B.1.1.7 (Reino Unido);
- Outros dois também continham a mutação que ocorreu nas proteínas spike das variantes P.1 (Brasileira) e B.1.351 (Sul-Africana);
- Outras duas versões do coronavírus contemplaram as mutações D614G e K417N, E484K, N501Y na variante da África do Sul. Elas podem ser responsáveis pela maior transmissibilidade do vírus.
Vale ainda destacar que o estudo foi realizado com o sangue coletado de 15 pacientes que receberam a vacina da Pfizer, (no qual posteriormente o material entrou em contato com as versões dos vírus em laboratório).
A Pfizer já afirmou acreditar que a sua vacina tem alta probabilidade de proteger contra as novas variantes, como a variante brasileira P.1, detectada inicialmente em Manaus e a do Reino Unido (B.1.1.7).
Para a variante Sul-Africana, a farmacêutica está planejando uma terceira dose do reforço da vacina, bem como uma versão reformulada para combater a variante e assim entender melhor a sua resposta imunológica.
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