Na última quinta-feira (07/01), o governo de São Paulo, através de coletiva de imprensa, anunciou os dados da taxa de eficácia da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.
A taxa de eficácia do imunizante foi de 78%, porcentual maior que o exigido para aprovação, que é de 50% segundo os parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e seguidos pela Agência de Vigilância Sanitária Brasileira (Anvisa).
Ainda de acordo com o governo de SP, a vacina Coronavac garantiu uma proteção total (100%) contra óbitos, casos graves e internações nos voluntários que foram contaminados.
Ou seja, segundo os testes clínicos finais, entre aqueles foram infectados pela Covid-19, ninguém sofreu risco de morte, desenvolveu sintomas graves da doença ou precisou realizar internação.
Com a divulgação da taxa de eficácia da Coronavac, o governo afirmou que já está em processo de solicitação à Anvisa para a aprovação do uso emergencial da Coronavac no Brasil. A expectativa é de que os dados sejam conferidos pela Anvisa em até dez dias.
Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan; “Já tivemos uma primeira reunião. O processo de submissão do uso emergencial prevê como rito essa reunião inicial.”
Fundado em 1901, o Instituto Butantan é o maior produtor de vacinas da América do Sul e o maior fornecedor de doses ao Ministério da Saúde.
Como foi medida a taxa de eficácia da coronavac?
Primeiro, é importante destacar que a taxa de eficácia é um conceito que se aplica nas vacinas em estudos, representando a proporção da redução de casos da doença contra a qual ela tem como objetivo proteger, entre o grupo vacina comparado com o grupo não vacinado.
Na prática, peguemos a taxa de eficácia da coronavac; o imunizante possui 78% de eficácia para casos leves, isso significa que, para cada 100 indivíduos vacinados com a CoronaVac que contraíram o vírus, 22 pessoas irão apresentar apenas sintomas leves, sem a necessidade de internação hospitalar (índice apresentado como de 78% de eficácia para casos leves).
Questionado sobre os detalhes da pesquisa na entrevista coletiva, o diretor Dimas Covas informou que, entre os mais de 12 mil voluntários, os casos de covid-19 infectou cerca de 200 a 218, e dentre esses que se infectaram, em torno de 160, ocorreram entre os participantes que tomaram placebo, e cerca de 60 voluntários, no grupo vacinado.
No entanto, Dimas Covas informou que os dados detalhados “estarão na documentação técnica que acompanha tanto o pedido [de uso emergencial na Anvisa], como, depois, as publicações científicas.”
Além da revisão dos pares, a publicação da conclusão dos resultados deve esclarecer detalhes como a taxa de eficácia da coronavac em diferentes faixas etárias, os dados de segurança, que incluem as principais reações adversas, e em quanto tempo após a segunda dose a imunidade contra a doença é atingida.
Fonte: G1.Globo – 1 | G1. Globo – 2 | InfoMoney
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