O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (07/12), detalhes sobre como será realizada a vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19), com o uso do imunizante CoronaVac – que tem previsão de início em 25 de Janeiro de 2021. O plano de vacinação em São Paulo divulgado prevê o início da 1º fase da vacinação, que contará com 5 etapas, abrangendo os principais grupos de riscos.
Dessa maneira, o primeiro grupo a ser vacinado com a CoronaVac será os profissionais da linha de frente, indígenas e quilombolas. O governo também destacou que cerca de 9 milhões de pessoas serão vacinadas nesta primeira fase.
“O público-alvo da primeira fase da vacinação são as pessoas com 60 anos ou mais, que correspondem a 7,5 milhões de pessoas, trabalhadores de saúde, que são os nossos grandes agentes na linha de frente salvando vidas, quilombolas, indígenas, que são 1,5 milhão de pessoas e a prioridade são os trabalhadores de saúde, num total de 9 milhões de pessoas”, afirma Regiane de Paula, coordenadora do controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde.
Vale destacar, no entanto, que para iniciar o plano de vacinação em São Paulo, o imunizante precisa contar com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que de fato, a vacina seja aplicada na população paulista.
Segundo o governador de SP – João Doria – afirmou que os resultados do teste da fase 3 (última fase do teste antes da aprovação, que mede a eficácia e segurança), serão entregues a Anvisa e divulgados até o dia 15 de Dezembro.
A vacina contra covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, já apresentou alto índices de eficácia nos testes da fase 1 e 2 dos estudos clínicos, segundo uma das revistas científicas mais prestigiadas – The Lancet
Datas previstas para o início do plano de vacinação em São Paulo, caso a CoronaVac seja aprovada
Se o imunizante da farmacêutica Sinovac for aprovada, o governo de São Paulo seguirá com o determinado cronograma estadual de vacinação, para a 1º fase:
| Público-alvo | Primeira dose | Segunda dose |
|---|---|---|
| Trabalhadores da saúde, indígenas e quilombolas | 25 de janeiro | 15 de fevereiro |
| 75 anos ou mais | 08 de fevereiro | 1° de março |
| 70 a 74 anos | 15 de fevereiro | 08 de março |
| 65 a 69 anos | 22 de fevereiro | 15 de março |
| 60 a 64 anos | 1° de março | 22 de março |
O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou durante a coletiva de imprensa, que o estado já tem a quantidade necessária de insumos para garantir que o plano de vacinação em São Paulo corra no prazo previsto.
“Nós iniciaremos a campanha vacinal agora no 25 de janeiro e temos, sim, esses insumos, agulhas e seringas para vacinar esse público. Dessa maneira, não será necessário fazer aquisições, aguardo de licitações, porque nós já disponibilizamos em nosso estoque desses materiais”, comenta Gorinchteyn.
O estado já possui um total de 5,2 mil postos de vacinação nos 645 municípios paulistas. Porém, o objetivo do governo é conseguir amplicar este total para 10 mil postos de vacinação, com as possíveis utilizações de; escolas, batalhões da PM, estações de trem e terminais de ônibus, farmácias e sistemas Drive-Thru. O custo estimado de toda esta logística é de R$ 100 milhões
De acordo com a Logística para o plano de vacinação em São Paulo, o governo disponibilizará:
- 18 milhões de doses da vacina
- 25 postos estratégicos de armazenamento e distribuição regional
- 54 mil profissionais de saúde
- 27 milhões de seringas e agulhas
- 5,2 mil câmaras de refrigeração
- 30 caminhões refrigerados de distribuição diária
- 2,1 mil viagens em todo o período de vacinação
- 25 mil policiais para escolta das vacinas e segurança dos locais de vacinação
Pessoas de outros estados também poderão vir a São Paulo para tomar a vacina, segundo Doria
O governador João Dória também anunciou, na coletiva de imprensa, que o plano de vacinação em São Paulo não se restringirá apenas no estado. Dessa maneira, pessoas residentes de outras regiões (que se encaixam no público alvo da 1º fase de vacinação) poderão comparecer nos postos, sem precisar comprovar residência para receber o imunizante.
“Todo e qualquer brasileiro que estiver em solo do estado de São Paulo e pedir a vacina receberá gratuitamente. Não precisará comprovar a residência”, disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
Doria também comentou que não teme uma corrida de outros estados a São Paulo. “Se necessário vamos comprar mais vacina”, afirma.
Fonte: Notícias Uol – G1.Globo – Exame.com
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