Na segunda-feira (11/01), o governador de São Paulo – João Doria – anunciou mais detalhes sobre a parte operacional e logística do plano estadual de imunização (PEI), alternativa do governo paulista ao plano federal de imunização contra a covid-19, desenvolvido pelo Ministério da Saúde. Segundo Doria, a previsão da data de vacinação em SP é para o dia 25 de Janeiro.
A vacina contra a covid-19 que será utilizada no plano estadual de imunização seria a CoronaVac, imunizante desenvolvido pela Farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. Vale destacar que a CoronaVac também está no plano federal de imunização, do governo federal.
No entanto, para que seja possível iniciar a vacinação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa aprovar o seu uso emergencial, o que até o momento, não ocorreu.
O governador também afirmou que o estado prevê apenas um possível adiantamento na data de vacinação em SP, mas não em seu adiamento. Dessa maneira, Doria diz que o início da campanha está condicionado à aprovação pela Anvisa.
Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador destacou que; “Em São Paulo, vamos começar a vacinar no dia 25, e, se for possível, e tivermos respaldo da ciência e da Anvisa, bom senso e compaixão, iniciaremos antes. Aqui, temos planejamento, estrutura, condições, recursos, matéria-prima e vacinas para iniciar o programa de imunização dos brasileiros de São Paulo”
Operacionalização e logística do Plano Estadual de Imunização de SP
Na coletiva de imprensa realizada no dia 11/01, João Doria também explicou um pouco mais sobre a operacionalização e a logística da campanha, para que a data de vacinação em SP siga com o planejado
Inicialmente, no dia 25 de Janeiro, quem irá receber os imunizantes serão os profissionais de saúde. A vacinação ocorrerá de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h. Já nos sábados, domingos e feriados, das 8h às 18h. Tal horário ainda pode ser revisto, caso haja necessidade.
Serão disponibilizados inicialmente cerca de 5.200 postos de aplicação, podendo ser ampliados para um total de 10 mil. A vista disso, para conseguir essa ampliação, o plano prevê utilizar escolas, quartéis da Polícia Militar, estações de trem e terminais de ônibus, Farmácias e sistemas de Drive-thru para agilizar a aplicação das vacinas.
Além disso, segundo o governo, os profissionais da saúde passarão por treinamento para preparo e organização dos postos para evitar aglomerações; aplicação de doses e registro em sistema oficial; preenchimento de fichas de notificação para controle e monitoramento da campanha. Ao todo, o estado pretende mobilizar 77 mil funcionários para que o plano de vacinação possa ser iniciado.
No primeiro momento, 1,5 milhão de profissionais da área da saúde receberão a dose da CoronaVac; posteriormente, 7,5 milhões de pessoas acima de 60 anos. A vacina será aplicada em duas doses, com um intervalo de 21 dias entre elas.
Veja abaixo o calendário de vacinação;
A logística do plano de vacinação também prevê entregas de 2 milhões de doses semanais aos municípios
Após o início da data de vacinação em SP, Dória também comentou que o Instituto Butantan deverá entregar cerca de 2 milhões de doses semanais para todos os municípios paulistas, através de caminhões refrigerados e equipados para monitoramento de temperatura, para garantir a entrega e a eficácia do imunizante.
As doses da CoronaVac terão como ponto de partida o Instituto Butantan, que serão armazenadas inicialmente no Centro de Distribuição e Logística (CDL) de São Paulo. A partir disso, as remessas semanais serão distribuídas pelo estado, com entregas diretamente a 200 municípios mais populosos, com a retiradas em 25 Centro de Distribuição regionais para as demais cidades. As prefeituras deverão garantir o abastecimento nos postos de vacinação.
Com isso, 70 rotas em média deverão ser percorridas semanalmente. Todas as rotas serão escoltadas pela Polícia de Choque, para garantir a segurança das doses e dos postos de vacinação em si. Em nota, o governo também informou que “Os centros regionais de armazenamento terão policiamento para apoio dos comandos regionais, que também farão articulações com as guardas municipais para segurança nos postos de vacinação”.
Segundo Eduardo Ribeiro, secretário executivo de saúde: “Há pelo menos três meses, todo o Governo do Estado vem trabalhando na estruturação deste plano de logística. É um plano que está pronto, é consistente e vem em momento oportuno para nos deixar aptos a iniciar o processo de vacinação”
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