Estudo indica que uso da droga na adolescência prejudica desenvolvimento do cérebro
Rio – Pesquisadores ingleses e neozelandeses concluíram que adolescentes que fumam maconha podem se tornar adultos menos inteligentes. O resultado da pesquisa foi publicada na revista científica americana ‘Proceedings of the National Academy of Sciences’ e garante que o coeficiente de inteligência, conhecido como QI, sofre redução considerável pelo uso contínuo da planta da espécie Cannabis sativa.
O estudo avaliou 1.037 pessoas nascidas entre 1972 e 1973 na Nova Zelândia. A maioria delas foi acompanhada dos 3 aos 38 anos. De acordo com os autores, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, da Universidade Duke e do King’s College de Londres na Inglaterra, o prejuízo psicológico e cognitivo, especialmente ligados às áreas de atenção, raciocínio e memoria, é maior entre os consumidores mais jovens.
VULNERABILIDADE É MAIOR
Ainda segundo a pesquisa, os pré-adolescentes tendem a se tornar usuários persistentes. De acordo com os cientistas, os efeitos tóxicos da maconha sobre o cérebro continuaram se manifestando no dia a dia mesmo após a interrupção do uso. Pessoas próximas aos voluntários relataram ter identificado neles problemas ligados à inteligência.
Os autores afirmaram também que, como a interrupção ou a diminuição do consumo da droga não foi capaz de restaurar o funcionamento cerebral, isso estaria ligado ao fato de a adolescência ser fase de grande importância para o desenvolvimento do órgão.
Os especialistas concluíram que é preciso haver um esforço conjunto para retardar o início do uso da maconha. Dessa maneira, seria possível reduzir os danos da droga à inteligência.