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Golpes virtuais na pandemia de covid-19 cresceu 400%

    golpes virtuais na pandemia de covid-19

    Com o uso mais intenso e frequente da internet durante a crise de covid-19, as tentativas de fraudes e golpes virtuais na pandemia cresceram cerca de 400%. Estes dados foram apresentados pela Apura Cybersecurity Intelligence, uma empresa especializada em segurança digital, que apontou este aumento em comparação com 2019.

    Segundo relatório da Apura Cibersecurity, referente às ameaças detectadas em 2020, foram contabilizados um vazamento de 958 mil CPFs, 592 mil cartões internacionais, 262 mil cartões nacionais e 220 milhões de credenciais de acesso, como senhas. 

    A realização desse levantamento só foi possível através do sistema da empresa, que buscou a internet como um todo, desde redes sociais à “deep web”. Dessa maneira, foram encontrados cerca de 272 milhões de golpes virtuais na pandemia de covid-19.

    Brasil é um dos países com maior ocorrências de Phishing no mundo

    As tentativas de golpes virtuais na pandemia de covid-19 cresceu significativamente no Brasil, dado que, segundo a empresa de segurança digital, o país teve o maior casos de phishing no mundo. 

    O crime de phishing está relacionado a tentativas de enganar as pessoas para que assim elas compartilhem informações e dados confidenciais, como números de cartões de créditos e senhas. Além disso, vale destacar que o golpe costuma ser aplicado por e-mails e mensagens com links maliciosos falsamente atribuídos a grandes organizações.

    Dessa maneira, o phishing foi um dos crimes mais comuns entre os detectados pela Apura (14%). também tiveram destaques; criação de perfis falsos (28,9%), manipulação de dados bancários (19,8%) e o vazamento de cartões de créditos (15,1%)

    Órgãos públicos também teve aumento nos golpes virtuais na pandemia

    Em 2020, o Brasil se tornou um dos alvos dos hackers. Segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da presidência, foram registradas cerca de 24 mil notificações de ameaças aos órgãos públicos. 

    Dessa maneira, a quantidade de vulnerabilidades e golpes virtuais na pandemia encontradas nestes órgãos públicos mais do que dobrou; de 1.201 casos em 2019, saltou para 2.519 em 2020.

    Segundo a Apura, tais ações dos hackers, além de causarem diversos transtornos a usuários da internet, são altamente lucrativas para estes cibercriminosos. Os operadores de ransomware (uma espécie de vírus similar ao utilizado no STJ) tiveram um lucro de mais de  US$1 bilhão em 2020

    Em novembro de 2020, um ataque hacker chegou a paralisar o julgamento de 12 mil processos do STJ por uma semana. Com isso, os criminosos conseguiram obter acesso inclusive a dados de processos sigilosos.  Não há ainda uma clareza sobre a extensão e as consequências do ataque, porém a corte informou que a situação “”poderá ser melhor elucidada após a conclusão do inquérito que tramita em sigilo na Polícia Federal”.

    Geralmente, os valores arrecadados por estes criminosos são feitos através de pedidos de resgates de dados sensíveis. No mundo, há ao menos 15 quadrilhas especializadas neste tipo de ataques cibernéticos.

    É necessário ter atenção com a segurança digital

    Tendo em vista o número de golpes virtuais na pandemia, ocorridos em 2020, é necessário que as instituições, órgãos federais, estaduais e municipais, empresas de todos os portes e você, usuário “comum”, fiquem atentos aos riscos que estes golpes possam trazer. 

    Dessa maneira, evite clicar em um link qualquer enviado por um endereço de e-mail que você não conhece, ou os links que são vistos nas redes sociais. A segurança digital tem se tornado cada vez mais importante para a vida das pessoas e principalmente para os negócios. Não há ninguém pequeno demais que esteja livre de um ataque cibernético.

    O prejuízo que os golpes virtuais na pandemia podem ocasionar são incontáveis, indo desde a perda de bilhões de reais, a uma destruição completa de um negócio ou de sua credibilidade, do seu nome.


    Fonte: Diário do Nordeste

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