O Reino Unido acaba de se tornar o primeiro país do mundo a conceder a aprovação da vacina de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, nesta quarta-feira (30/12), terminando o ano com mais otimismo e esperança para toda a população mundial.
A decisão do governo britânico era aguardada ansiosamente, tendo em vista que o imunizante de Oxford e da AstraZeneca permite uma vacinação mais rápida e ampla em comparação com a da Pfizer. Com a aprovação da vacina, o país irá tomar ações rápidas para conter a disparada de infecções decorrentes da variante mais contagiosa da Covid-19.
De acordo com o país, cerca de 4 milhões de doses estarão disponíveis nos próximos dias, tendo a previsão de aplicação já em 2021, na segunda-feira (04/01), para os grupos de risco.
Vale destacar que, esta é a segunda vacina aprovada pelos britânicos; a primeira foi a da Pfizer, que atualmente já está sendo aplicada em grupos com prioridade. O país também foi o primeiro a conceder a aprovação da vacina da Pfizer.
Atualmente, o Reino Unido possui contrato de compras de 130 milhões de doses de vacina, sendo elas; 100 milhões de Oxford e 30 milhões da Pfizer. Lembrando que, ambos imunizantes precisam ser aplicados em duas doses. A população do país é de cerca de 66 milhões de pessoas.
Vacina de Oxford tem alguns pontos de vantagens em comparação a outros imunizantes
A aprovação da vacina de Oxford também levou outra questão para os países, que é em relação às vantagens de cada um dos imunizantes.
Para ser conservado, a vacina de Oxford e da AstraZeneca requer apenas a temperatura de uma geladeira normal (entre 2 a 8 graus Celsius); já o imunizante da Pfizer e BioNTech, que utiliza de uma tecnologia diferente na composição da vacina, necessita de um ultracongelamento a -70 graus Celsius. Vale destacar que, a temperatura de conservação das vacinas é extremamente importante, dado que, uma temperatura muito baixa trás alguns problemas logísticos para diversos países, inclusive o Brasil.
Em relação ao preço, o imunizante de Oxford também leva vantagens, visto que é mais barata em comparação às outras vacinas já aprovadas, como da Pfizer e da Moderna.
Para comparação, o governo belga pagou cerca de € 1,78 por dose do produto da Oxford, contra € 12 pela dose da Pfizer e € 18 da Moderna.
Parceria com o Brasil
A aprovação da vacina de Oxford pode representar um bom indício não só para o Brasil, mas para o mundo todo, que o imunizante é seguro para ser aplicado. No entanto, é extremamente importante que cada órgão regulador de saúde, de cada país, confira os documentos relacionados à eficácia e segurança, para posteriormente aprovar a vacina.
Para que haja a vacinação no Brasil, o imunizante precisa ser aprovado pela Anvisa, agência regulatória Brasileira. De acordo com a Fiocruz, um pedido de registro da vacina deverá ser feito até 15 de Janeiro.
Ainda não há um pedido de registro no Brasil da vacina de Oxford e da AstraZeneca, porém, ela está em um processo chamado de “submissão contínua”, criado pela Anvisa para permitir o compartilhamento de resultados prévios, ainda durante a fase de testes, para acelerar uma futura aprovação da vacina de Oxford.
O Brasil já possui um acordo de compra e de transferência de tecnologia da vacina de Oxford e da AstraZeneca. No total, o governo brasileiro encomendou 100,4 milhões de doses.
Segundo a Fiocruz, a produção no Brasil do imunizante começaria a ser entregue para o Ministério da Saúde a partir do dia 8 de Fevereiro.
Fonte: Folha de São Paulo | Terra – Notícias | G1.Globo
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