Seguindo os passos dos países como México, Chile e Costa Rica, a Argentina passa a iniciar a vacinação contra a covid-19 nesta terça-feira (29/12).
A vacina que o país utiliza em sua população é a Sputnik V, desenvolvida pelo laboratório russo Gamaleya. O país recebeu cerca de 300 mil doses do imunizante e já distribuiu ontem (28/12) para o programa de imunização em massa, para aplicar em massa nas províncias. É previsto que a Argentina receba mais 10 milhões de doses da Sputnik V em 2021.
Segundo a agência de notícias Reuters, a expectativa do governo é conseguir imunizar 10 milhões de argentinos até Fevereiro. Com isso, o país conseguiria abarcar mais de 3/4 da população que integram os grupos de maior risco para a covid-19.
Vista com certa desconfiança por parte da comunidade científica ocidental, a vacina russa Sputnik V registrou uma eficácia de 91,4%.
Plano de vacinação da Argentina
De acordo com o governo Argentino, a primeira fase da campanha de vacinação será destinada para 23,1 mil profissionais da área da saúde de grandes centros urbanos, onde a crise de covid-19 teve um impacto maior e um risco de segunda onda mais elevado. Além disso, trabalhadores da Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e laboratórios que manuseiam amostras de Covid-19 também estão autorizados a receber o imunizante russo.
A vacinação contra covid-19 pela Argentina está sendo feita através de 110 hospitais em toda a província de Buenos Aires. Apenas na cidade autônoma, cerca de 37 instituições de saúde estão aplicando a Sputnik V. Buenos Aires deve receber um total de 123 mil doses na primeira etapa, isto é, quase metade do primeiro carregamento.
Para que fosse possível entregar o imunizante russo para todas as províncias, o coordenador do setor de logística do Ministério da Saúde, Juan Pablo Saulle, comento que “todo o calendário foi elaborado para fazer a entrega a cada ponto em cada província, para chegar ao mesmo tempo, com uma diferença de apenas 3 a 4 horas.”
Doses ainda são insuficientes para imunizar toda a população
O plano de vacinação da Argentina prevê um total de 54,4 milhões de doses, considerando as duas doses, e calculando a taxa de perda estimada em 15%. Com isso, o país pretende atingir entre 23 a 24 milhões de pessoas, de uma população de quase 45 milhões.
No entanto, embora seja o começo da campanha de vacinação, o primeiro número de doses ainda é muito baixo para toda a população, e por isso os grupos de riscos tendem a ficar na frente para a imunização inicial.
O contrato para a aquisição do imunizante russo Sputnik V é o terceiro assinado pela Argentina; O primeiro foi feito com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford, que tem como previsão ser aplicada em março. O segundo contrato é da aliança internacional Covax, da ONU.
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