De acordo com a análise dos resultados preliminares do ensaio clínico da última fase (fase 3), divulgados nesta segunda feira (23/11), mostrou que a eficácia da vacina de Oxford atingiu 90%. A vacina contra covid-19 está sendo produzida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.
Para chegar a este resultado, um comitê externo avaliou os dados, após serem confirmados 131 casos de Covid-19, em uma amostra de 23.272 voluntários.
Os voluntários foram divididos em dois grupos, recebendo diferentes dosagens do imunizante. Dessa maneira, no primeiro grupo, houve uma aplicação com dose inicial mais baixa (correspondendo à metade da dose total), em seguida por uma segunda dose completa, 30 dias após. Neste grupo, a eficácia da vacina de Oxford foi de 90%.
Já o segundo grupo, recebeu duas doses completas do imunizante, com 30 dias de diferença. No entanto, a eficácia encontrada foi de 62%. No agregado dos dados de ambos os estudos, a eficácia média da vacina de Oxford foi de 70%.
Vale ressaltar que, os resultados ainda são parciais, e não correspondem dessa maneira à conclusão do ensaio clínico, e sim a análise interina; realizada quando há um suficientes casos da doença em um dos braços do estudo, de quem recebeu o imunizante, e de quem recebeu o placebo.
Vacina de Oxford também não apresenta efeitos adversos graves
Além dos dados referente a eficácia da vacina de Oxford, o imunizante também conta com um alto grau de segurança e tolerância, visto que entre os voluntários, nenhum efeito adverso sério foi reportado.
Em comunicado, Pascal Soriot, presidente da AstraZeneca, afirma que; “A eficácia e a segurança desta vacina confirmam que ela será altamente eficaz contra a Covid-19 e terá um impacto imediato na emergência de saúde pública”
Armazenamento das vacinas é uma das vantagens do imunizante de Oxford
Em comparação com os outros imunizantes concorrentes, a eficácia da vacina de Oxford é menor.
De acordo com os dados iniciais divulgados pelas empresas, apontaram as seguintes taxas de eficácia para suas vacinas em desenvolvimento. (Lembrando que os índices ainda podem mudar)
- Pfizer: 95% de eficácia
- Moderna: 94,5% de eficácia
- Instituto Gamaleya (Rússia): 92% de eficácia
- Sinovac: 97% de eficácia
No entanto, apesar da eficácia da vacina de Oxford ser um pouco menor que as suas concorrentes, ela conta com uma excelente vantagem – o seu armazenamento.
Segundo os cientistas, a vacina de Oxford pode ser mantida em condições normais de refrigeração (entre 2ºC e 8ºC) por um período de até 6 meses. É uma vantagem em comparação com a vacina da Pfizer, que precisa de armazenamento a -70ºC durante o transporte, e da Moderna, que precisa ficar a -20ºC.
O Ministério da Saúde já firmou parceria com a AstraZeneca, para conseguir produzir as vacinas no país, por meio de um acordo de transferência de tecnologia para Fiocruz. Além disso, as 15 milhões de doses são aguardadas para chegar até o final de 2020, sendo que o restante das vacinas, dentre 100 milhões, chegar até o primeiro semestre do ano que vem.
Fonte: Folha de São Paulo | G1 – Globo | InfoMoney
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