A crise de covid-19 certamente trouxe diversos desafios para os negócios durante este ano. A vista disso, muitos setores tiveram quedas significativas em suas receitas, deixando as empresas com prejuízos. No entanto, a reabertura econômica conseguiu contornar essa situação, e trazer alguns impactos positivos para as pequenas indústrias na pandemia.
De acordo com a pesquisa divulgada hoje (11/11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de desempenho das pequenas indústrias na pandemia, encerrou o terceiro trimestre no melhor nível, desde a sua criação, em 2012.
Segundo os resultados da pesquisa, o indicador fechou o trimestre passado em 52,3 pontos, com uma alta expressiva em relação aos 41,3 pontos registrados no fim de Julho. Em abril, logo após o início da pandemia de covid-19, o indicador chegou ao nível mais baixo da série histórica, atingindo um total de 27,1 pontos.
Vale mencionar que, o objetivo do índice de desempenho, tem como função medir, de modo aproximado, a produção das pequenas indústrias.
A pesquisa da CNI também exibiu uma melhora na contabilidade das pequenas indústrias na pandemia, após o início de ano com impacto da crise gerada pelo novo coronavírus (Covid-19).
Deste modo, o índice de situação financeira das pequenas indústrias na pandemia, alcançou 41,9 pontos no terceiro trimestre, uma alta de 8,7 pontos em relação ao fim do segundo trimestre. Importante destacar que, o indicador está no melhor nível desde o último trimestre de 2013.
Problemas das pequenas indústrias na pandemia
Além de observar o índice de desempenho e financeiro, a pesquisa também conseguiu medir os principais problemas das pequenas indústrias na pandemia de covid-19.
Dentre os principais problemas, estão o encarecimento do dólar, que ocasionou em maiores preços no atacado, e a escassez de diversas matérias primas para a produção. Ambos problemas são os principais motivos de reclamações por parte dos empresários.
Segundo a pesquisa, a falta ou o alto custo dos insumos para a produção, foi mencionada como a principal preocupação no terceiro trimestre, por cerca de 60,1% das indústrias de transformação, e 40,5% das indústrias ligadas à construção.
Entre as indústrias extrativas, uma das maiores dificuldades foi referente a falta ou o alto custo da energia, com 33,3% dos empresários do setor. No segundo trimestre do ano, a alta carga tributária era considerada um dos maiores problemas em todos os segmentos.
Confiança das pequenas indústrias durante a covid-19
A pesquisa mediu também os indicadores de confiança e de perspectivas das pequenas empresas industriais, que oscilaram levemente para baixo, no mês de Outubro.
Dessa maneira, o índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) fechou o mês passado com um total de 59,5 pontos, com um recuo leve de 0,2 ponto. De acordo com a pesquisa, esta foi a primeira queda observada em um período de 5 meses.
Apesar do leve recuo, este valor ainda está abaixo dos 63 pontos, registrados antes da crise de covid-19. Importante destacar que, os índices acima de 50 pontos mostram a confiança para os próximos meses.
Por fim, o índice de perspectiva encerrou o mês de outubro com 52,4 pontos, com um recuo leve, de 0,6 ponto. O otimismo ainda se mantém entre os empresários das pequenas indústrias na pandemia, apesar da oscilação negativa.
Sobre este último índice, válido mencionar que, diferente do Icei, que mede a intenção do empresário em elevar ou diminuir a produção/ o Índice de perspectivas mede tais expectativas em relação à economia.
Fonte: Agência Brasil
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