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Reinfecção por covid-19: Estudo confirma segundo contágio em paciente americano

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    De acordo com um estudo publicado na revista científica The Lancet, um americano de 25 anos teve reinfecção por covid-19, em menos de dois meses. Segundo os pesquisadores, esse é um dos poucos casos confirmados de reinfecção por covid-19, no mundo todo, até o momento.

    A pesquisa também mostreou que, a reinfecção por covid-19 foi mais perigosa do que a primeira, com sintomas bem mais graves do que a anterior. Segundo os pesquisadores, diferente da primeira vez em que foi infectado, o paciente precisou realizar tratamento hospitalar na segunda infecção, visto que os pulmões não conseguiam captar oxigênio suficiente para o corpo.

    Apenas após um tempo, que o paciente conseguiu se recuperar. No entanto, a agressividade da reinfecção por covid-19 preocupa os cientistas.

    O que dizem os cientistas? 

    De acordo com os especialistas, referente a reinfecção por covid-19, a hipótese de que o vírus Sars-Cov-2 (causador da doença covid-19) tenha permanecido dormente no corpo do hospedeiro, e apenas retornado com mais força posteriormente, está destacada.

    Ao invés disso, os cientistas acreditam que o paciente americano contraiu a covid-19 em duas ocasiões diferentes, apontando dessa maneira que; uma infecção anterior pode não ser suficiente para proteger contra futuras reinfecções por covid-19. 

    Segundo Mark Pandori, professor e principal autor da pesquisa publicada; “Ainda há grande desconhecimento sobre as infecções por Sars-Cov-2 e a resposta do sistema imunológico, mas nosso trabalho mostra que uma infecção anterior não protegeria necessariamente contra uma infecção futura”

    Segundo a pesquisa realizada, o paciente americano exibiu sintomas iniciais da Covid-19 pela primeira vez no dia 25 de março. No entanto, apenas no dia 18 de Abril que testou positivo. Alguns dias após, os sintomas desapareceram totalmente, e no dia 27 de Abril, o paciente já não estava mais infectado com o vírus.

    Nos dias 9 e 26 de maio, o paciente americano realizou dois testes para diagnosticar se ainda tinha a doença, no entanto testou negativo em ambos os dias. Contudo, no dia 28 de Maio, o paciente começou a sentir os sintomas da doença, mas dessa vez, com intensidade maior. Dessa vez, a reinfecção por covid-19 causou hipóxia no paciente, e uma baixa saturação de oxigênio no sangue.

    Analisando este paciente, o estudo argumenta que, os sintomas mais graves da reinfecção por covid-19 podem ter sido causados por uma exposição a uma carga viral maior. Outra possibilidade também foi levantada, argumentando-se que a resposta inicial do sistema imunológico pode ter piorado na segunda infecção do vírus.

    Reinfecção por covid-19 são raras, mas não impossível

    O estudo publicado pela The Lancet, mostra que, as pessoas estão expostas a uma reinfecção por covid-19. No entanto, estes casos parecem ser mais raros, segundo cientistas. Há poucos casos de reinfecção, dentro dos registros de mais de 37 milhões de casos de contágios confirmadas ao redor do mundo.

    Vale ainda destacar que, outros casos de reinfecção por covid-19, como os registrados em Hong Kong e na Bélgica, não se tornaram mais graves na segunda vez. Outros casos de reinfecção, ocorrida no Equador, e também nos Estados Unidos, o quadro se tornou mais grave, porém, os pacientes não precisaram ser internados.

    Primeira óbito por reinfecção por covid-19

    A primeira ocorrência de óbito por reinfecção por covid-19, ocorreu na Holanda, com uma paciente de 89 anos. Neste caso, os efeitos da segunda infecção foram agravados por uma forma rara de câncer de medula óssea. 

    De acordo com as informações da agência de notícias EFE, a paciente precisou ser internada no hospital na primeira onda de infecções, após desenvolver sintomas da Covid-19, como febre alta e tosse forte. Contudo, a paciente teve alta após cinco dias no hospital.

    Após dois meses de alta, a paciente iniciou as sessões de quimioterapia, contudo, passou a ter febre, tosse e uma forte falta de ar, em um curto período de tempo, apenas dois dias após dos inícios do sintoma, necessitando ser readmitida no hospital.

    A paciente foi submetida ao teste RT PCR, que indicou positivo. Contudo, dois testes sorológicos, feitos para detectar se ela possuía anticorpos contra o vírus no sangue, indicou negativo. Após oito dias da internação, o estado de saúde da paciente piorou, levando a óbito duas semanas após.


    Fonte: InfoMoney

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