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Confiança do consumidor durante a covid-19 apresenta ligeira alta

    confiança do consumidor durante a covid-19

    De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a confiança do consumidor durante a covid-19 apresentou uma ligeira alta.

    O índice de Confiança do Consumidor (ICC), subiu 1,4 pontos, no período do mês de Julho para Agosto, apresentando uma pontuação de 80,2, retornando ao mesmo nível do mês de março, quando a economia começou a sofrer os impactos do novo coronavírus. Entretanto, houve uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando a alta foi de 7,7%.

    Vale ainda destacar que, segundo a pesquisa, a confiança do consumidor durante a covid-19 de pessoas de baixa renda piorou, assim como a população com maior poder aquisitivo, que também está bem menos satisfeita com o momento, preferindo poupar o dinheiro do que consumir.

    Baixa confiança do consumidor durante a covid-19 é resultado da incerteza na economia

    Segundo Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens, explica que a baixa confiança do consumidor durante a covid-19 é reflexo do quadro de grande incerteza.

    “Os consumidores de renda baixa registram queda da confiança e parecem agora projetar maiores dificuldades nos próximos meses, o que pode estar relacionado ao fim dos pagamentos de auxílio emergencial. Os consumidores de maior poder aquisitivo, estão menos satisfeitos com o momento e preferindo poupar a consumir” – esclarece Bittencourt

    Além disso, a coordenadora acrescenta que “[…] Entre os dois grupos extremos, a confiança dos consumidores de classes intermediárias segue em agosto na tendência de recuperação. Os movimentos distintos mostram que não apenas o impacto mas a velocidade de reação pode ser diferente entre os agentes econômicos e devem ser analisadas com atenção”.

    No mês de Agosto, a satisfação e a confiança do consumidor durante a covid-19 se manteve-se relativamente estável. A expectativas avançaram pelo terceiro mês consecutivo, no entanto, com forte desaceleração nesse mês.

    O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 0,5 pontos, ficando no total com 71,5 pontos, nível considerado muito baixo em termos históricos. Já o índice de Expectativas (IE), avançou 2,0 pontos, totalizando 87,1 pontos, apresentando o melhor resultado, desde fevereiro (93,2 pontos), último mês antes dos impactos do novo coronavírus no país.

    Por fim, o indicador que mede a satisfação presente dos consumidores, em relação a economia, avançou 1,2 ponto, totalizando 75,1 pontos. Já o indicador que mede a satisfação com a situação financeira familiar, apresentou um pequeno regresso, de 0,3 pontos, totalizando 68,4 pontos. Ambos os quesitos seguem registrando valores próximos aos respectivos mínimos históricos.

    Otimismo dos consumidores também teve uma pequena alta, mas há grande heterogeneidade

    Referente às perspectivas futuras, a pesquisa apresentou um aumento no otimismo dos consumidores, no entanto, em menor magnitude na comparação dos meses anteriores.

    O índice que mede as expectativas dos consumidores com relação à economia ficou relativamente estável ao variar 0,2 ponto, para 111,7 pontos, maior nível desde fevereiro (116,9 pontos).

    Vale ainda destacar que, a análise por faixas de renda mostrou grande heterogeneidade em relação a confiança do consumidor durante a covid-19.

    Houve uma queda de confiança nas faixas de renda extremas, e alta nas faixas intermediárias. Para os consumidores que possuem um menor poder aquisitivo, a piora está relacionada à falta de perspectivas sobre emprego e melhora da situação financeira familiar, o que afeta diretamente o consumo.

    Nos consumidores de maior poder aquisitivo, há também redução da intenção de compras de bens duráveis, o que parece estar relacionado com o alto nível de incerteza do período.

    A sondagem coletou informações de 1.752 domicílios entre os dias 1º e 19 de agosto.


    Fonte: G1.Globo

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